Após completar um ano no poder, o governo da presidente Dilma parece
prover mudanças nunca antes tão impactantes na vida social do brasileiro.
Sente-se no ar um clima de alterações radicais na prática de nossa cidadania
daqui pra frente. Leis são aprovadas, que abrangem assuntos polêmicos como os
recentes temas de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, descriminalização
do uso da maconha, nova lei ambiental.
Enquanto algumas coisas continuam tradicionais lá pro lado do congresso,
como conchavos políticos, influências junto ao STF, CPI´s que não apresentam
resultados concretos e simplificados, muito lero lero em cima de juros e cargas
tributárias, sem nenhuma perspectiva de mudanças (afinal tem que se administrar
a máquina com o bolso cheio certo?), o brasileiro terá que se acostumar a viver
sob nova aura que afetam os costumes sociais.
Ao contrário do que muitas organizações religiosas estão se posicionando,
não tenho nada contra a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Apenas
acredito, e como já escrevi antes, que
tudo deve ter um limite. Temo que cada vez mais as associações pró-gays
e lésbicas pressionem por força política, aprovação de leis que possam ferir a
livre expressão. Não devemos confundir homofobia (desrespeito) com posicionamento
racional a cerca das escolhas de cada um (desaprovação). Se eu falo pra um
homossexual: "respeito suas escolhas, mas não concordo com este estilo de
vida", temo que em breve possa ser criminalizado, mesmo com tanta polidez
na abordagem.
Outra lei polêmica diz respeito à descriminalização da maconha. O
"usuário" que for detido com até 100gr da droga, não será enquadrado
nem mesmo em contravenção penal. Ou seja, se isso não for crime, estaremos nos
deparando com muita gente fumando maconha, em qualquer esquina da cidade, em
qualquer horário, em qualquer companhia. Penso que esse tipo de comportamento
possa favorecer ainda mais o tráfico. Visto que os comerciantes deste filão
poderão dispor de quantidades pequenas para venda, e argumentar ser de consumo
próprio em caso de abordagem policial. Imaginem festas de fim de ano em
família, a moçadinha na beira da piscina "queimando um erva" perto do
vovô e da criançada. Muita gente defende a idéia de que, o que deixa de ser
proibido, deixa de ser interessante. Com relação a consumo de drogas, acredito
que isso não se enquadra neste contexto.
Nada de criar rusgas entre o tradicional e o moderno, o arcaico e o
revolucionário. A única reflexão que cabe aqui é como será o comportamento das
crianças de hoje quando adultos na sociedade futura? Que impacto benéfico ou
maléfico esses novos costumes sociais vão causar nas gerações futuras? Ser
liberal e complacente demais é bom? Os valores familiares e educacionais podem
ser corroídos de alguma maneira por esta mudança comportamental?