domingo, 27 de outubro de 2013

Podemos definir o caráter de alguém à primeira vista?


É possível tentar qualificar uma pessoa apenas vendo-a por alguns minutos ou ouvindo suas palavras por tão pouco tempo? Claro que é complicado. As pessoas dizem que “a primeira impressão” é muito relevante. Ou que o cartão de visitas desperta interesses. Mas algumas situações nos colocam a refletir e a tentar imaginar qual o nível de caráter de determinada pessoa que acabamos de conhecer.

Muito bem. Dançando nas palavras desta introdução, vi hoje na televisão uma entrevista da cantora Sandy. Muito criticado por ser filha de cantor sertanejo famoso, por ter começado a carreira artística como criança, por declarações sobre práticas sexuais em revista popular, a citada cantora foi “desafiada” num quadro do programa da apresentadora Eliana a definir se gostaria de fazer amizade numa relação de nomes apresentados naquela atração.

Independentemente da figura pública de Sandy agradar ou desagradar seja pela música, ou pela exposição na mídia, o que eu ouvi em tal programa me transpareceu palavras oriundas de uma pessoa equilibrada, tranquila e sem rancor no coração. A arte dela não me representa nada em termos de relevância, mas nesse desafio de tentar imaginar se elementos que ela externa publicamente poderiam mostrar qual seu padrão de caráter, apenas me fez ter uma certeza inicial: Sandy é uma pessoa iluminada. Não guarda ódio de ninguém. A imagem da boa moça é realmente de boa moça na minha visão. Alguém que parece apenas cultuar o amor, as coisas alegres da vida, sem rancor ou ódio de quem quer que seja que opine sobre ela.

Seja ela boa cantora, famosa ou alguém que as pessoas possam dizer que cuja fama foi criada pela grana e fama dos pais, sua opinião de respeito sobre pessoas de vida diferente da dela, como travestis, pastores homofóbicos, machistas, críticos a sua obra, é algo louvável que apenas me faz pensar que apenas luz reside em seu coração.


Estamos trabalhando no campo de opiniões e visões. Ela pode ser um péssimo ser humano para pessoas próximas ou empregados e agentes, mas pelas doces e afáveis palavras, é uma pessoa que todos gostaríamos de ter em nosso convívio.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O perigo de uma falsa informação nas redes sociais

Já versava o velho ditado: quando uma mentira é contada diversas vezes ela se torna verdade. Os meios de comunicação, mais especificamente a internet (por sua interatividade), estão gerando o perigoso campo do falso que passa a ser de crendice popular. O caso mais recente e ilustrador deste fato foi uma falsa declaração atribuída à Ministra de Direitos Humanos Mário do Rosário, publicada num blog. Nela é informado que a Ministra criticou a ação de um policial  que baleou um assaltante, cujo ato foi filmado e divulgado na internet. Tal nota daria conta de que a Ministra defendia a ideia de maus tratos contra o meliante em questão. Pela propagação da falsa notícia via rede social, a Ministra foi criticada, ofendida e chegou até a publicar uma nota negando tal ato.

Em tempos em que se discute sobre mídia ninja ou a utilização de canais pessoais para informação torna-se preocupante o fato de as pessoas acreditarem fielmente nas milhares de postagens que a rede lança diariamente. Se é possível criar fato para pessoas públicas como no caso de um ministro de estado, imagine o que não poderia ser feito com um cidadão comum. E pior, como a velocidade da informação de rede social é extremamente alta, muita gente lê uma notícia (“publicação” cai melhor) e nela pode acreditar, sem depois ter a oportunidade de assimilar uma correção. E ela vai divulgar para centenas, que vai divulgar para centenas. E, de repente, uma informação caluniosa ou enganosa acaba sendo digerida pela população como um fato real ocorrido.

Olhando por esse ângulo, passamos a duvidar de tudo o que possa ser publicado por fontes particulares. Você nesse momento está lendo esta matéria de um blog pessoal. Como saber que ela é verídica? A imagem abaixo foi extraída do site do Ministério dos Direitos Humanos, portanto isso é o âmago do jornalismo, mesmo marginal  ou amador. Certificar-se que se trata de algo verídico.



São elementos como esse que jogam contra o conceito de informação via internet de canais populares. Se canais como jornais, rádio e TV e seus similares na internet publicam qualquer notícia, ela é embasada por um grupo preparado pra isso, com profissionais que investigam suas fontes e tem argumentos gravados ou registrados para produzir tal informação. Nesse ponto reside a tal da credibilidade.

É como o exemplo que já utilizei antes em outras discussões. Em 1938 o cineasta Orson Welles narrou uma peça chamada “A Guerra dos Mundos”, num programa de rádio, o que levou os ouvintes a acreditarem que alienígenas haviam invadido os EUA. O fato causou pânico generalizado na população, acreditando ser tal notícia verdadeira. Na época, tanto as transmissões radiofônicas quanto o cineasta tinham total credibilidade popular. Welles quis talvez provar o quão perigoso é lidar com divulgação de informações às massas. Quando imaginamos então o Brasil, um país carente de educação de boa qualidade, onde boa parte da população carece de cultura e está à mercê de conteúdo jornalístico popularesco e descartável, podemos deduzir qual o nível de penetração que a falsa informação pode atingir.


O cuidado extremo que quem vê e acessa informações via internet é não acreditar cegamente. Quando uma informação tem alguma relevância à vida das pessoas, o bom censo manda pesquisarmos em outros locais, de preferência em órgãos oficiais ou renomados. Assim protegemos um pouco nosso conhecimento.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A Educação de Qualidade é a única solução para os problemas sociais, políticos e econômicos do país


Num momento onde se discute as condições de trabalho dos professores, nada mais apropriado do que refletirmos sobre os benefícios que um sistema de educação bem estruturado e planejado possam influenciar no desenvolvimento do cidadão.

·        Uma didática de qualidade condicionará o aluno a pensar, refletir e enxergar o mundo sob várias perspectivas. Na adolescência e na fase adulta terá opinião e global aderência de seus direitos. Cidadãos com opinião e interessados nos mecanismos sociopolíticos têm maiores condições de eleger governantes justos e éticos, assim como ter voz ativa e forte na luta por mudanças. 



·        A educação de qualidade propicia ao aluno a aceitação de valores relacionados à ética, respeito, companheirismo e colaboração. A convivência social futura tornar-se-á mais participativa nos quesitos tolerância e solidariedade.

·         Uma escola de qualidade obviamente destinará alunos preparados para sua formação universitária e, por conseguinte, gerará profissionais melhor preparados técnica e psicologicamente. Mais resistentes às tentações de corrupção, sonegação e ma fé em qualquer prática profissional. Além de gerar empreendedores com uma visão ética no lide com as regras comerciais de concorrência e qualidade.

·         Uma vivência em escolas de qualidade incorpora na vida do aluno o desejo por leitura, artes e valores históricos. Isso torna o adulto um potencial consumidor de cultura, bem como o vislumbre de investimentos no segmento.

·        Adultos com uma bagagem educacional de bom nível atuarão com mais sociabilidade e responsabilidade, valores que inibem a prática de qualquer tipo de violência, um golpe certeiro na redução da criminologia.

·         É bastante salutar a ideia de que uma pessoa com uma forte transição escolar terá mais condições de se tornar um ser humano mais tolerante e comunicativo, que terá mais chances de se relacionar bem com amigos, esposa e filhos, sempre se utilizando do dom do diálogo para amenizar as crises.

·        Pessoas com uma educação fundamental de qualidade adentrarão a vida adulta cultivando o respeito às escolhas, às diferenças, às condições de quem os cercam. Evidentemente que muito desses valores estão intimamente ligados à personalidade própria de cada um. Mas com certeza, pessoas muito bem instruídas têm mais chance de se autoavaliar e fazer uso de seu bom senso para conduzir sua convivência social.


Enquanto não reestruturamos a base de nossa educação, ficaremos sempre correndo atrás dos efeitos. Sempre corrigindo e não planejando. É necessário se ter um alicerce forte e duradouro, senão o que vem depois são apenas manutenção e correção. Podemos cobrar com veemência um comportamento ilibado de uma pessoa que teve boas raízes familiares e educacionais, mas talvez não possamos fazê-lo com tal afinco se ela não teve tal estrutura em sua infância e adolescência.