Vamos falar um pouco sobre algo delicado: alcoolismo.
Passando esses dias por uma igreja próxima de casa, pelo vidro do carro avisto, sob a marquise do templo, um homem se levantando. A aparência típica de um mendigo, andarilho, recolhendo sua coberta e seus pertences após uma noite gélida desta época. Mesmo com a considerável velocidade do carro, consegui reconhecer aquele desafortunado indivíduo. Por diversas vezes, quando de passagem por uma padaria, eu me deparava com o vizinho do estabelecimento chegando em sua casa num estado visivelmente embriagado. Ele era ou é um eletricista, que tinha casa e aparentemente agora vive nas ruas.
Aparentemente perdeu família, casa, trabalho, respeito e a dignidade humana.
Imagino que o agente causador dessa decadência nesse caso possa ter sido a bebida.
Alcoolismo é uma doença que, em estado crítico, tira da pessoa o senso da realidade, a capacidade de associar-se, ter uma conduta moral, lutar pela sobrevivência com dignidade.
Não vou bancar o puritano aqui, mesmo porque estou há anos luz de distância disso. Eu também bebo. Evidentemente que só tomo cerveja. Bastante às vezes, especificamente em fins de semana. Seria eu então um doente? Um viciado?
A palavra vício, numa intuitiva interpretação, está intimamente ligada à dependência. E podemos entender que no caso do alcoolismo o doente como dependente de seu vício no dia a dia. Como um drogado que apresenta sintomas físicos e metabólicos na ausência da droga. Pensando por esse prima, diria que não sou um viciado não. Nem muitos amigos de churrasco, mesmo que exagerem um pouco às vezes.
Acho que no caso do alcoólatra, isso faz parte de seu dia a dia. Invariavelmente, se apegam à bebida (na maioria das vezes do tipo destilada), perdem o sentido da responsabilidade, da preocupação com os outros e com si próprio. Não se preocupa tanto com aparência, higiene, alimentação. É enfim, uma pessoa que está entregando a vida pelo prazer de conturbar seu cérebro com a alienação que o álcool provoca.
O consumo de bebidas alcoólicas descende da antiguidade. Por séculos, o homem desenvolveu o gosto pela bebida, refinou-o, o transformou num ingrediente similar aos produtos alimentícios. Mas é nos dias atuais, com a loucura e o stress que a modernidade causa na mente humana, que esse consumo quase que se confunde com uma prática medicinal. Em muitos casos, a ingestão de álcool, suprime a atuação de um psicólogo, infelizmente.
A graduação GL (Gay Lussac, 1778-1850, cientista pesquisador de gases e álcoois) indica que para cada 95 ml de água há 5 ml de álcool.
A tabela abaixo mostra, resumidamente, aproximadamente, o conteúdo de GL de alguns tipos de bebidas.
Passando esses dias por uma igreja próxima de casa, pelo vidro do carro avisto, sob a marquise do templo, um homem se levantando. A aparência típica de um mendigo, andarilho, recolhendo sua coberta e seus pertences após uma noite gélida desta época. Mesmo com a considerável velocidade do carro, consegui reconhecer aquele desafortunado indivíduo. Por diversas vezes, quando de passagem por uma padaria, eu me deparava com o vizinho do estabelecimento chegando em sua casa num estado visivelmente embriagado. Ele era ou é um eletricista, que tinha casa e aparentemente agora vive nas ruas.
Aparentemente perdeu família, casa, trabalho, respeito e a dignidade humana.
Imagino que o agente causador dessa decadência nesse caso possa ter sido a bebida.
Alcoolismo é uma doença que, em estado crítico, tira da pessoa o senso da realidade, a capacidade de associar-se, ter uma conduta moral, lutar pela sobrevivência com dignidade.
Não vou bancar o puritano aqui, mesmo porque estou há anos luz de distância disso. Eu também bebo. Evidentemente que só tomo cerveja. Bastante às vezes, especificamente em fins de semana. Seria eu então um doente? Um viciado?
A palavra vício, numa intuitiva interpretação, está intimamente ligada à dependência. E podemos entender que no caso do alcoolismo o doente como dependente de seu vício no dia a dia. Como um drogado que apresenta sintomas físicos e metabólicos na ausência da droga. Pensando por esse prima, diria que não sou um viciado não. Nem muitos amigos de churrasco, mesmo que exagerem um pouco às vezes.
Acho que no caso do alcoólatra, isso faz parte de seu dia a dia. Invariavelmente, se apegam à bebida (na maioria das vezes do tipo destilada), perdem o sentido da responsabilidade, da preocupação com os outros e com si próprio. Não se preocupa tanto com aparência, higiene, alimentação. É enfim, uma pessoa que está entregando a vida pelo prazer de conturbar seu cérebro com a alienação que o álcool provoca.
O consumo de bebidas alcoólicas descende da antiguidade. Por séculos, o homem desenvolveu o gosto pela bebida, refinou-o, o transformou num ingrediente similar aos produtos alimentícios. Mas é nos dias atuais, com a loucura e o stress que a modernidade causa na mente humana, que esse consumo quase que se confunde com uma prática medicinal. Em muitos casos, a ingestão de álcool, suprime a atuação de um psicólogo, infelizmente.
A graduação GL (Gay Lussac, 1778-1850, cientista pesquisador de gases e álcoois) indica que para cada 95 ml de água há 5 ml de álcool.
A tabela abaixo mostra, resumidamente, aproximadamente, o conteúdo de GL de alguns tipos de bebidas.
Isso significa que, se um indivíduo tomar 4 copos de 250 ml de whisky, estará ingerindo quase meio litro de álcool.
Em suma, alcoolismo é um câncer social. Degrada a vida, faz familiares sofrerem, causa agressões, mata gente inocente no trânsito. Quantos e quantos casos conhecemos de adultos que cresceram com traumas de infância, pelo fato de conviverem com as dores que pais alcoólatras lhes causaram.
Cada pessoa tem seu limite, sua resistência, sua consciência. O grande problema é que, para descobri-los, a grande maioria dos jovens acaba por testando-os na prática com essas drogas. E alguns deles matarão seu futuro, sua vida, em prol dessa fuga da dura realidade diária.
Em suma, alcoolismo é um câncer social. Degrada a vida, faz familiares sofrerem, causa agressões, mata gente inocente no trânsito. Quantos e quantos casos conhecemos de adultos que cresceram com traumas de infância, pelo fato de conviverem com as dores que pais alcoólatras lhes causaram.
Cada pessoa tem seu limite, sua resistência, sua consciência. O grande problema é que, para descobri-los, a grande maioria dos jovens acaba por testando-os na prática com essas drogas. E alguns deles matarão seu futuro, sua vida, em prol dessa fuga da dura realidade diária.
7 comentários:
estava sentindo falta dos seus posts!
Eu sou do tipo que acha que tudo em excesso faz mal. Independente do que seja. Uma vez ouvi dizer que existem os alcolatras e os alcolistas, o primeiro seria aquele que venderia as calças por um copo de qualquer coisa com uma boa dosagem etílica, o segundo aquele que PENSA beber "socialmente", mas numa tarde ociosa de plena quarta feira, ao invés de ir ao cinema, ao museu, ao teatro ou simplesmente a sorveteria colada ao muro de casa, chamar aquele amigo de todas as horas pra tomar umas cervejinhas no bar do bairro vizinho. Importante essa reflexão, milhões de famílias são destruidas por causa de drogas, as drogas sociais, incluindo o cigarro.
Um abraço!
O importante é ter consciência das consequências! O que muitos não tem!
Beijos
Sou amiga da sobriedade, prefiro nao pagar pra ver. Todos nós estamos sujeitos a esse tipo de vicio. è melhor evitar a primeira dose a ter de escolher entre o vicio ou a propria vida. Abs!
beber me faz bem, quando bebo tenho paciencia até pra ler os teus contos...abraço daq militância.
Obrigado
Como lê meus contos, alguma coisa deve ter de interessante neles, mesmo qdo o faz bêbado. rsssssss
Um abraço e volte sempre, sóbrio ou não.
Abraços....
Bom trabalho à Central
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