E as polêmicas envolvendo essa Copa do Mundo de Futebol em 2014 no Brasil não param.
A mais recente envolve a liberação ou não do consumo de bebidas alcoólicas nos estádios, durante o evento. Por todos os estados foram ao longo dos últimos anos, promulgadas leis que proíbem a venda de bebidas alcoólicas durante a realização de jogos de futebol nos estádios. Essas medidas foram tomadas para conter possíveis atitudes violentas por parte dos torcedores, que já protagonizaram cenas de guerrilha urbana em alguns jogos.
Ocorre que a FIFA, por ocasião da Copa no país, exige que tal prática de consumo seja revista, ou seja, os turistas estrangeiros não poderão ficar sem suas cervejas durante os jogos que acompanharem. Sem falar de outros interesses de cunho comercial.
O Ministério dos Esportes até agora têm sido resistente, apesar de já haver sinais de que poderiam abrir essa exceção.
Se aberta, isso representará mais uma desmoralização do legislativo brasileiro, sucumbindo suas leis aos interesses comerciais de organizações estrangeiras.
Imagine, por exemplo, se a Copa acontecesse no Irã, e o país liberasse as mulheres nos estádios sem vestimentas nos rostos, durante a competição. Algo nunca que acontecerá.
Eu pessoalmente acho que o propósito dessa Lei não tem teor fundamentado. Eventos musicais ocorrem em estádios, onde o consumo de bebidas é permitido e praticado, e não há sinais de grandes problemas com o público. Mas, se fora regulamentado por Lei, a mesma deve ser cumprida e respeitada, seja para o público brasileiro ou qualquer outro.
Ceder aos interesses mencionados é fazer vista grossa, e atirar no fogo qualquer argumentação para justificar a existências dessas leis.
Vamos ver se governo brasileiro vai ter - como diria o Collor - "saco roxo" para sustentar sua autoridade legal.
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