Mais um assunto muito comentado, discutido e colocado em discussão como
tema a ser amparado por lei. A homofobia. Em minha visão, há de se considerar o
conceito de limites para enquadrarmos tal prática.
O limite inferior, onde realmente agressões físicas e verbais são
levadas a cabo contra homossexuais apenas por sua natureza. Além de preteri-los
no tocante de vagas de empregos, associações, instituições de ensino e
religião. Quando atos deste tipo são praticados, não há como negar o ódio que
um ser humano tem de outro apenas pelo último ser, pensar e agir diferente do
primeiro.
Mas tomemos muito cuidado com o limite superior, onde os direitos e
exigências dos homossexuais podem ultrapassar o direito normal de pensamento e
discordância de uma pessoa. Deixemos a hipocrisia de lado e olhemos para nós
mesmos. Quem nunca riu de uma piada sobre gays, contada numa mesa de bar? Não é
por isso, que depois desse ato, vamos pegar uma barra de ferro e agredir uma homossexual
numa esquina. Não é por isso que vamos xingá-lo ou deixar de se comunicar e ser
gentil com ele, como seríamos com qualquer pessoa.
A liberdade de pensamento e o julgamento de valores de cada um devem
imperar, sem que isso se transforme em quaisquer atos de discriminação ou
ceifação de direitos. Se estou num ônibus ou num metrô e cedo meu lugar a uma
pessoa idosa e não a um homossexual, não estou sendo homofóbico. Se, numa
entrevista de emprego, eu contrato um heterossexual, baseado em competência e experiência,
em detrimento ao um candidato homossexual, não estou sendo homofóbico. Se, numa
praia eu opto por consumir alimentos num quiosque comandado por um hetero, por
conta da qualidade de seus serviços, não estou sendo homofóbico por não
consumir num quiosque comandado por um homossexual.
Há de se pensar nesses limites. Eu sempre tratei muito bem todo tipo de
pessoa, independente de sua opção de vida ou condição socioeconômica. Mas, não
podemos condenar criminalmente uma pessoa que se recuse a conversar com um
homossexual, por ser contra suas práticas. Desde que esse cidadão nunca o
agrida moralmente ou fisicamente, ele não está cometendo nenhum crime por
discordar da condição da homossexualidade.
Um fato sempre lembrado é aquela velha história de um casal gay se
beijando num restaurante ou num lugar público. Se fosse um casal hetero também
seria desconfortável aos olhos alheios. O que temos de pensar se são lugares
familiares ou não. Você não vai numa boate ou num cinema com sua esposa e seus
filhos para jantar. Nesse tipo de ambiente, você se depara com pessoas que se
entregam à pratica desse tipo de carícias ou contatos físicos. O que não se
pode admitir é que, um casal de homossexuais faça tal prática em lugares
públicos ou familiares apenas para chocar, para elucidar e propagar sua visão
de direitos.
Isso seria uma afronta à liberdade de cada um. Não se trata de
homofobia. Trata-se de exposição excessiva ou afronta ao comportamento
respeitoso de cada cidadão. Direitos todos devem ter sim. Abuso de direitos,
nunca.