segunda-feira, 14 de março de 2011

Fumaça Tóxica, garantida pelo Ministério da Saúde



O assunto agora é cigarro.
Pra deixar claro que este post é tão somente uma reflexão e não uma tendência, gostaria de dizer que não fumo. Experimentei uma vez enquanto pré-adolescente e não gostei. Meu pai fumava, tive namoradas que fumavam, tive e tenho amigos que fumam. Mas não sou daqueles que se incomodam tanto com fumaça de cigarro no ambiente, como muita gente que conheço.

O que me motivou a levantar a idéia a seguir foi um cartaz que vi recentemente num posto à beira de rodovia.

O Ministério da Saúde lançou em 2001, uma campanha onde obrigou os fabricantes a estamparem fotos chocantes nos maços de cigarro, no intuito de tentar reduzir o consumo. Imagens fortes, de pessoas em estado terminal, fetos, pessoas mutiladas. Além da obrigatoriedade de exibir mensagens informando dos males do produto, em jornais, TVs, rádio e em qualquer veículo de mídia.

Mas mesmo assim eu acredito que a pessoa que tenha dependência do cigarro pouco vai mudar seu hábito por conta destas campanhas, pelo menos quase todas as pessoas que conversei disseram que isso não faz efeito.

Mas o que eu realmente gostaria de saber é o seguinte: se o Ministério da Saúde afirma que: "Este produto tem mais de 4.700 substâncias tóxicas.....", "...que causa dependência física e psicológica...", porque ele o libera para o consumo?

Eu lhe pergunto, se você freqüentasse uma piscina que tivesse o seguinte cartaz: "Esta água contém substâncias químicas que fazem mal à saúde", você deixaria seu filho se banhar nela?

Se fosse ao supermercado e no açougue tivesse o seguinte aviso: "A carne vendida aqui tem 5.000 substâncias químicas", você compraria algo pra servir no seu jantar familiar?

Se estivesse num shopping ou em qualquer outro lugar público, e lá se deparasse com dois bebedouros. Um deles dizia: "Água Pura", e o outro: "Água com substâncias cancerígenas". De qual dos dois você se utilizaria pra saciar sua sede?

Evidentemente que sabemos dos interesses econômicos que ocorrem por traz da venda de cigarros. Impostos arrecadados, empregos, ações, muitos agentes sociais envolvidos.

Se os Estados Unidos estão sofrendo pra impedir o consumo aberto de tabaco por lá, imagina a guerra de interesses que seria por aqui....

Mas é impossível não ser racional o mínimo que se possa ser, e pensar que nosso Ministério da "Saúde", libera pra consumo público algo que faz mal à "saúde". Pelo menos pra mim isso é incoerência.

Também brinca de ser óbvio o fato de que muitos alimentos vendidos que contém conservantes, bebidas alcoólicas, também possuem muitos elementos químicos em sua fabricação. Mas nenhum deles necessita de alertas tão tonificados quanto os avisos dos maços de cigarro.

Com respeito a quem consome, mas esses avisos me lembram mais aquela caveira estampada em vidros de veneno.

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