Você
já deve ter ouvido a frase: “O ótimo é inimigo do bom”. Para quem debuta os
ouvidos com isso, ela pode ser dissertada com o fato de que, às vezes, perde-se
tanto tempo caprichando numa ação que acaba por não fazê-la. Do ponto de vista
racional, faz sentido. É melhor ter ou fazer algo bom do que nada. Lembra
daquela outra? “É melhor um pássaro na mão do que dois voando”? Mas o que eu
gostaria de refletir é o conceito de se buscar perfeição no que se faz.
Uma das definições que os dicionários
dão para o termo perfeccionismo é “Tendência, patológica, em
procurar exageradamente a perfeição”. No campo religioso, social e filosófico, todo
mundo sabe que não somos perfeitos. Mas eu considero salutar buscar a
perfeição, desde que não se torne, como disse a definição aí em cima, algo
patológico.
Quem não aprecia um trabalho, uma ação,
um projeto, um empreendimento, feito com capricho, com qualidade, com esmero.
Algo ótimo será sempre admirado, comentado, lembrado. Algo bom apenas faz parte
do cotidiano. Muito do que nos envolvemos em nosso dia a dia, faz parte apenas
da sobrevivência, do cumprir tabela. Fazemos porque somos obrigados. Mas,
quando colocamos paixão em algo, a tendência é que almejemos que ele se torne
perfeito.
Quantas e quantas vezes você refaz algo
porque não está satisfeito com o resultado? Eu acho isso bom. É prazeroso
mostrar algo para outros ao qual você se dedicou, deu o máximo de si para
concluir. Claro que isso caiu muitas vezes nas rédeas do abstrato. O que é
ótimo em seu ponto de vista pode não ser para outra pessoa. Mas, no geral,
sempre admiramos e exaltamos um trabalho bem executado.
Para passar a chave nesse pensamento,
podemos dizer que: ser perfeito nunca ninguém será, mas ser perfeccionista é
muito mais benéfico do que danoso.
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