sábado, 27 de setembro de 2014

Gosto de ser Perfeccionista

Você já deve ter ouvido a frase: “O ótimo é inimigo do bom”. Para quem debuta os ouvidos com isso, ela pode ser dissertada com o fato de que, às vezes, perde-se tanto tempo caprichando numa ação que acaba por não fazê-la. Do ponto de vista racional, faz sentido. É melhor ter ou fazer algo bom do que nada. Lembra daquela outra? “É melhor um pássaro na mão do que dois voando”? Mas o que eu gostaria de refletir é o conceito de se buscar perfeição no que se faz.
        
       Uma das definições que os dicionários dão para o termo perfeccionismo é “Tendência, patológica, em procurar exageradamente a perfeição”. No campo religioso, social e filosófico, todo mundo sabe que não somos perfeitos. Mas eu considero salutar buscar a perfeição, desde que não se torne, como disse a definição aí em cima, algo patológico.
        
         Quem não aprecia um trabalho, uma ação, um projeto, um empreendimento, feito com capricho, com qualidade, com esmero. Algo ótimo será sempre admirado, comentado, lembrado. Algo bom apenas faz parte do cotidiano. Muito do que nos envolvemos em nosso dia a dia, faz parte apenas da sobrevivência, do cumprir tabela. Fazemos porque somos obrigados. Mas, quando colocamos paixão em algo, a tendência é que almejemos que ele se torne perfeito.
        
      Quantas e quantas vezes você refaz algo porque não está satisfeito com o resultado? Eu acho isso bom. É prazeroso mostrar algo para outros ao qual você se dedicou, deu o máximo de si para concluir. Claro que isso caiu muitas vezes nas rédeas do abstrato. O que é ótimo em seu ponto de vista pode não ser para outra pessoa. Mas, no geral, sempre admiramos e exaltamos um trabalho bem executado.
     
     Para passar a chave nesse pensamento, podemos dizer que: ser perfeito nunca ninguém será, mas ser perfeccionista é muito mais benéfico do que danoso.