quinta-feira, 19 de abril de 2012

Negociar: opção ou ítem de sobrevivência?


Desde que nascemos, desenvolvemos o hábito da negociação, com pouca ou exagerada intensidade. Desde crianças aprendemos a ter alguma coisa, confrontando o que queremos com o que podemos ter ou o que podem nos dar. Isso nos acompanha pela vida toda.

Qual criança deixa de fazer algo errado ou adquire alguns hábitos novos mediante uma conversa na qual os pais prometem alguma coisa ou proferem ameaças de castigos?


Algumas pessoas têm um dom nato, até praticado com prazer, de obter vantagens ou deixar de ser prejudicado, mediante a prática da negociação. Invariavelmente tais pessoas acabam por utilizar tal perfil para crescimento profissional, enveredando-se em áreas relacionadas a vendas ou empreendedorismo. Quem nunca ouviu a colocação: "esse nasceu pra ser vendedor".


Mas, mesmo quem não tem inclinação pra ser vendedor necessita de um mínimo de exercício de negociação para manter sua sobrevivência.

Mesmo nas relações humanas. Quantas vezes não negociamos ou "barganhamos" com namorado(a)s, marido/esposa, pais para que tenhamos uma vida social ou doméstica conjunta? Isso é parte do ser humano. Ninguém pensa identicamente a outra pessoa. Temos pontos de vistas, gostos, ambientação distintos das outras pessoas. Para dirimir nossas diferenças, estamos em constante negociação com as pessoas que nos cercam.

Para os bens físicos então, isso é prática quase que obrigatória. Vide a frequência com que pedimos descontos em lojas, restaurantes. Quando vendemos um carro ou um imóvel, hiper dimensionamos os preços de venda, já tendo em mente o processo de negociação.

Evidentemente, às vezes nos deparamos com pessoas que não gostam de fazê-lo. Nesses casos, ou elas são muito precisas e organizadas ao fazer seus negócios, ou vivem sempre levando algum tipo de prejuízo.

Vemos negociações constantemente, no comércio (público ou privado), no senado, nas famílias, no meio esportivo e de entretenimento, no ambiente de trabalho nos tribunais, em assaltos ou seqüestros.

Então definitivamente, e principalmente em nosso mundo moderno, não existe mais espaço para o reinado do Preto no Branco. Várias tonalidades de cinza já tomaram conta da nossa vivência.