quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Covil


O mundo corporativo moderno se traduz numa perfeita selva urbana. Valores como bondade, lealdade, sinceridade e uma infinidade de “dades” são atributos mínimos devotados. Passa-se por cima de tudo em busca da sobrevivência ou pela ganância de crescer e atingir patamares mais elevados na escalada da carreira.

Numa selva “animal”, o leão persegue a zebra pra devorá-la e saciar suas necessidades básicas. E a zebra foge quando e como consegue. A diferença desta analogia é que a zebra sabe das intenções do leão. E fica esperta, se protege, vive em alerta.

Quantos e quantos leões disfarçados de zebra estão em nosso convívio diário...
Na espreita, esperando o momento certo para dar o bote.

Nem sempre a premissa básica da sobrevivência impera: “antes eu do que você”.

Se, por ocasiões, este leão tiver que te ferrar para aparecer e subir na vida, não pensará 2 vezes para fazê-lo.

Isso às vezes nos faz questionar se nossa conduta ferrenha baseada apenas no caráter e competência não se traduzem em obstáculos que atravancam nosso sucesso nessa selva moderna.

É algo que traz náuseas, é algo como: “pare o mundo que quero descer”.

Temos que ser agressivos? Sim. Temos que ser atuantes, fortes? Sim. Mas será que, além disso, temos que ser lobos em pele de cordeiros? Leões em pele de zebras?

Minha fé no honesto, no verdadeiro, no bom, é mais consistente que uma parede de concreto, e ainda penso assim, mesmo que às vezes alguns tremores fazem nela alguns trincos. Meu caráter vai estar sempre protegido por ela, mesmo abalada, não vai cair não.

sábado, 3 de outubro de 2009

Mãe Solteira. E Agora?


Vamos brincar de tagalerar sobre um assunto delicado...

Uma condição social não tão nova, mas sempre presente em nossas vidas......

Quem já ouviu o termo Mãe Solteira?
Já sei........TODO MUNDO + 1

A revolução sexual veio junto com a cultural, na metade superior dos anos 60......

Desde então as pessoas passaram a viver sua vida intensamente, aleatoriamente aos costumes familiares e tradicionais...
As relações amorosas passaram a ter nova conotação, sem apenas ser um fator histórico: paquere, namore, case, seja mãe/pai, seja avó e morra.......

Os jovens passaram a se consumir, entregarem-se ao amor, às descobertas da sua liberdade, da sua sexualidade....
O que foi uma afronta aos estabelecimentos religiosos e morais para uma geração, foi uma conquista de vida para geração próxima.

"Eu escolho quem amar, com quem relacionar, e eu decido com quem vou me deitar e casar"...

Perfeito. Maravilhoso.....O ser humano decidindo sua vida e o que fazer de seu corpo...

Mas, sempre o mas...

Aconteceu o seguinte......As pessoas se relacionaram amorosamente e sexualmente, num conto de fadas psicodélico, de uma mundo perfeito de paixão, e se esqueceram de um detalhe: elas são capazes de reproduzirem-se.

Olha que coisa? O cara: "vou namorar e pegar qualquer mulher que eu quiser e conquistar".
A garota: "Que cara gato: quero ele pra mim".

E aí....
Aí, vem a gravidez.

Esqueçamos o aborto, isso é um tema picante para futuros posts...

Que legal....
Agora a moça está grávida. O rapaz pensa: "eu casar? Acha? Sou novo. Nem gostava dessa mina. Queria apenas ter prazer"

E de repente, temos uma mãe solteira.

Parece meio que da natureza. No meio selvagem. O macho acasala e vai embora. E a fêmea cria os filhotes e espera o próximo macho para acasalar de novo. Mas somos humanos. Pensamos, temos sentimentos, responsabilidades, futuro.

E vemos tantas moças com um filho.
Primeiro a pressão tradicional e imbecil da família que vai saber que "todo mundo" vai perceber que a filinha querida transou com o namorado antes de casar.......Dãaaaaaaaaa...Como se não se faz isso há quarenta anos....

Depois a cobrança da família: Já que você pôs no mundo, agora se virar pra sustentar...
Algumas dão pra adoção, outras deixam os pais criarem....Mas algumas com um mínimo senso de caráter, vão cuidar do pequeno ser.

Mas aí vem outros fatores: o PAI SOLTEIRO vai continuar vivendo, procurando seu caminho sem maiores problemas...
Forneceu a semente e vai fornecer a pensão e vai continuar procurando seu futuro relacionamento.

E a mãe vai ficar com o filho(a). Mal pode ter uma vida social. Quando a tem e conhece alguém pra se relacionar. mal pode dizer que é mãe, porque, na cabeça do atual pretendente é um crime capital.....

E, quando a bem intencionada mãe solteira, encontra finalmente um namorado sério que a aceite e tope o desafio de tentar uma família já pronta, ela pensa: "quero que ele aceite minha cria, e não queira intervir na educação dele(a)".

Ao menor sinal de qualquer insignificante diferença entre o pimpolho e o novo amado, cadeira elétrica pra "esse traste que só quer cama comigo".

E o tempo passa, o moleque ou a girl vai crescendo, e a pobre mãe não se encontra, talvez nem socialmente, nem amorosamente...

E o famoso e procriador pai solteiro, já namorou mais umas 6, se casou, e tá lá tomando sua cerveja e achando que a pensão do filho primeiro tá alta...Que a mãe trabalha e não precisava receber nada dele......

CLARO, que sabemos de casos, em que pessoas com um potencial especial de personalidade, superaram todas essas dificuldades.

Mas, você culto leitor, sabe que é minoria.
Um filho sem casamento ferra mesmo é a mulher..

Ou estou errado?