quarta-feira, 30 de maio de 2012

Uma brisa de mudanças sociais no ar



Após completar um ano no poder, o governo da presidente Dilma parece prover mudanças nunca antes tão impactantes na vida social do brasileiro. Sente-se no ar um clima de alterações radicais na prática de nossa cidadania daqui pra frente. Leis são aprovadas, que abrangem assuntos polêmicos como os recentes temas de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, descriminalização do uso da maconha, nova lei ambiental.

Enquanto algumas coisas continuam tradicionais lá pro lado do congresso, como conchavos políticos, influências junto ao STF, CPI´s que não apresentam resultados concretos e simplificados, muito lero lero em cima de juros e cargas tributárias, sem nenhuma perspectiva de mudanças (afinal tem que se administrar a máquina com o bolso cheio certo?), o brasileiro terá que se acostumar a viver sob nova aura que afetam os costumes sociais.

Ao contrário do que muitas organizações religiosas estão se posicionando, não tenho nada contra a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Apenas acredito, e como já escrevi antes, que  tudo deve ter um limite. Temo que cada vez mais as associações pró-gays e lésbicas pressionem por força política, aprovação de leis que possam ferir a livre expressão. Não devemos confundir homofobia (desrespeito) com posicionamento racional a cerca das escolhas de cada um (desaprovação). Se eu falo pra um homossexual: "respeito suas escolhas,  mas não concordo com este estilo de vida", temo que em breve possa ser criminalizado, mesmo com tanta polidez na abordagem.

Outra lei polêmica diz respeito à descriminalização da maconha. O "usuário" que for detido com até 100gr da droga, não será enquadrado nem mesmo em contravenção penal. Ou seja, se isso não for crime, estaremos nos deparando com muita gente fumando maconha, em qualquer esquina da cidade, em qualquer horário, em qualquer companhia. Penso que esse tipo de comportamento possa favorecer ainda mais o tráfico. Visto que os comerciantes deste filão poderão dispor de quantidades pequenas para venda, e argumentar ser de consumo próprio em caso de abordagem policial. Imaginem festas de fim de ano em família, a moçadinha na beira da piscina "queimando um erva" perto do vovô e da criançada. Muita gente defende a idéia de que, o que deixa de ser proibido, deixa de ser interessante. Com relação a consumo de drogas, acredito que isso não se enquadra neste contexto.

Nada de criar rusgas entre o tradicional e o moderno, o arcaico e o revolucionário. A única reflexão que cabe aqui é como será o comportamento das crianças de hoje quando adultos na sociedade futura? Que impacto benéfico ou maléfico esses novos costumes sociais vão causar nas gerações futuras? Ser liberal e complacente demais é bom? Os valores familiares e educacionais podem ser corroídos de alguma maneira por esta mudança comportamental?