sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Competência gera Sobrevivência



A sobrevivência de uma empresa, em sua mais variada forma de dimensão, está diretamente atrelada à competência administrativa plena em quatro pilares básicos de sustentação: gerenciamento pleno de despesas, controle e eficiência máxima na produção, estratégias eficazes de marketing e gestão constante de pessoas. Se um destes pilares for negligenciado gerencialmente, o crescimento ou estabilidade do empreendimento estará ameaçado de ruir, e, num mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, as ameaças de redução de sharing comercial ou mesmo de falências estarão cada vez mais próximas.

Gerenciamento de Despesas – Não se pode pensar em colocar sua empresa no mercado sem que tenha plena consciência dos custos que o negócio envolve. Saber definir as despesas operacionais e variáveis, controlá-las em períodos cada vez menores, contato extreito com fornecedores, tratamento dos desvios de forma urgente, julgamento imediato de custos e investimentos ineficazes e sem propósitos. Em suma, deve-se saber como, quando e principalmente porque os custos de sua operação estão sendo movimentados.

Controle da Produção – Não importa qual seja o produto final de sua corporação – manufaturados, prestação de serviços ou comércio final (quando apenas se comercializa produtos de terceiros) – o sucesso regular da produção é o pilar mestre da existência do empreendimento. Um mero sinal de falha no seu produto corrói como um câncer toda boa referência e solidez da imagem comercial de sua empresa. Padronização no processo industrial, contatos direto e indireto com clientes, treinamentos constantes de pessoal, análise de anomalias e tratamento e realinhagem dos procedimentos, investimentos  racionais na modernização de equipamentos, acessórios, softwares e técnicas envolvidos no processo, monitoramento constante da qualidade final do produto, são algumas ferramentas a serem aplicadas para garantir a aceitação e fidelidade a seu produto no mercado. Um produto é fruto de processos, constituídos de muitos procedimentos. A eficiência máxima destes procedimentos é o alicerce para a qualidade máxima do produto.

Estratégias de Marketing - Um produto de qualidade máxima, produzido a custos controláveis, não se garante sozinho na concorrência. É preciso divulgação constante e inteligente. Focar o público alvo, cativar, fidelizar e encantar o cliente, monitorar constantemente as ações, preços e qualidade do produto dos concorrentes, prover campanhas que sempre evidenciem sua marca, se cercar de um universo infinito de informações acerca da aceitação ou rejeição de seus produtos, prática constante do processo de pós-venda, ouvir e mapear as opiniões de seus clientes, direcionar o as características do produto para as necessidades comuns dos clientes. Não é o produto que tem que conquistar o cliente, é o cliente que tem que projetar o produto. Afinal, ele é quem vai pagar por algo que ele sabe que lhe satisfaça.

Gestão de Pessoas -São pessoas que fazem o sucesso e o fracasso de seu produto. Por melhor produzido que for, a custos adequados e com uma penetração forte de marketing, o sucesso de sua aceitação está na consciência e segurança com que as pessoas lidam com os processos do dia a dia. Ambientes de trabalho agradáveis, inserção de desafios pessoais, reciclagem e treinamentos, segurança econômica e agregação de valores em formas de benefícios, atuação constante no gerenciamento de conflitos de interesses, programas de integração familiar, programas de crescimento profissional, programas de remuneração vinculados à produtividade e análise de capacitação são elementos  que visam manter o rendimento eficiente e regular de cada pessoa dentro de uma empresa. Se a pessoa não tem prazer, segurança ou motivação em atuar no processo, ela o fará por apenas por obrigação e necessidade, e isso compromete o envolvimento e foco. Motivação e treinamento são armas mais eficazes para a uniformidade da qualidade do trabalho, do que desligamentos sumários.

Evidentemente, deter o controle absoluto destes pilares envolve uma estrutura proporcional ao tamanho do empreendimento. Por isso existem hierarquias administrativas, variáveis à expansão ou retração do efetivo gerencial necessário para tal controle. A multiplicação do conhecimento e a consciência da responsabilidade são a força motriz da máquina administrativa. O sucesso rentável, social e de solidez são os frutos colhidos pela competência dos controles. Isso garante a sobrevivência plena do negócio.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O Direito de Morrer


Matéria de capa da Veja desta semana  enfoca o polêmico tema da eutanásia. Segundo ela o Conselho Federal de Medicina orienta que os médicos do Brasil reconheçam o direito do paciente de escolher o seu tratamento, ou seja, de não escolher também. Com o título “Eu decido Meu Fim” a reportagem entra num campo da linha de vida de uma pessoa que envolve muitos fatores como psicologia, empatia, religião, medicina, livre arbítrio, filosofia, amor e dor.

Desde que nascemos é imputado ao nosso livre arbítrio a possibilidade de tirarmos nossa própria vida. Não existe maneira de impedir isso quando alguém o queira fazer, seja motivado por questões psicológicas, mentais ou religiosas. Por pressões emocionais, financeiras, morais ou trágicas pessoas se matam, muitas vezes por falta de estrutura ou vontade de resolver os problemas de seu cotidiano, por vezes levadas pelo desânimo ou injustiças.

Mas essa atribuição reside talvez na fraca personalidade do suicida. A questão em reflexão pela reportagem da revista é acerca de alguém acamado com uma doença violenta e de difícil recuperação. Neste caso dois pontos de vista podem ser levados em questão. O ponto de vista de quem está na pele do doente. Sofrer é algo que consome todas as energias, alegrias e qualquer mínima porção de otimismo que reside dentro do ser. Além da dor física, o fator emocional de quem fica meses, anos atrelado a uma cama, sem sequer ver o mundo exterior que conheceu tempos antes da doença. Quão pesada é violência mental e psicológica que acaba com o desejo da pessoa viver, antes que a moléstia retire sua última energia vital. Os duradouros tempos do isolamento do enfermo vão minando qualquer esperança de um dia estar em contato novamente com a família e a sociedade em geral. Às vezes mergulhar na escuridão e incógnita situação pós-morte, mesmo que ela não exista, pode ser menos dolorosa do que a carga das dores físicas e  psicológicas.

Mas existe outro ponto de vista. De é de quem vive ao redor do doente. Seja pelo juramento do médico em lutar até o fim pela reversão de moléstias, seja pela insistência da família, que por amor, não quer ver tal ente perecer, sempre se agarrando na fé e na esperança de ele se cure e volte ao convívio social. Mesmo que em muitas situações esse convívio possa representar desconforto, trabalho e sofrimento por muitas vezes existir a necessidade de cuidar de pessoas que se tornam dependentes, a família não quer, mesmo sendo uma situação racional e que eliminaria dores de ambas as partes, que a pessoa doente deixe de viver ao seu lado. Por mais que tal pessoa acamada enfatize seu desejo de morrer.

É um assunto que abre muita discussão. Num país como o Brasil onde o atendimento médico público é de péssima qualidade, não podemos deixar de pensar que essa seria uma solução cabível para acabar com a lotação de muitos hospitais ou centros médicos. Como crer que a eutanásia autorizada fora feita mesmo após todas as possíveis tentativas de tratamento para a doente já tenham sido praticadas? A ética médica funcionaria 100%? Mesmo raros, já algumas vezes temos notícias de pessoas que se recuperaram após anos em coma, ou após uma condição limitada de sinais vitais. Como garantir que milagrosas recuperações como esta não possam vir a atingir um moribundo decidido em querer por fim a sua vida?

São fatores que unem filosofia, estrutura da saúde pública e fé. Portanto nunca esperemos que haja maioria absoluta da população, concordando ou discordando deste direito de pacientes terminais (ou não) em colocar fim à própria vida, mesmo que eles nem a enxerguem mais como tal.