quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O irreversível ataque da informação eletrônica


Pegando carona num artigo publicado por Silvio Meira no Portal Terra, onde discute com dados, o fato de a Internet ter ultrapassado jornais e TVs na preferência pública, eu acredito sim que a forma como as pessoas vão consumir notícias e entretenimento já mudou.

Talvez ocorra com a notícia impressa o mesmo que ocorreu com a música paga. A diferença é que a música baixada pela internet é a mesma produzida pelo artista. Quanto aos textos, podem ser manipuláveis, tendo seu teor alterado em relação ao que fora criado originalmente pelo jornalista. A questão toda é: será que as próximas gerações vão se preocupar muito com teor de textos?

A saída seria mesmo os grandes veículos de informações manterem seus sites gratuitos, patrocinados por publicidade. Isso garante a fidelidade das notícias reais.

Hoje, com a massificação da tecnologia, é comum que cada um de nós busque alternativas mais interessantes para gastar nosso dinheiro. Pegue o celular por exemplo. É uma guerra entre as operadoras, que cada dia ofertam cada vez menos centavos por minuto.

E a TV paga? Chega a um nível onde o morador chega a pagar até R$ 30,00 mensais para ter acesso à programação fechada.

Me recordo que há 20 anos, era uma briga com os despachantes para licenciar os documentos de nossos veículos. Hoje se faz isso em 2 minutos num caixa de auto-atendimento bancário, e de graça.

Os veículos de comunicação vão ter que se adaptar sim. Os hábitos de leitura têm mudado drasticamente há anos. Ou você acha que quase a grande totalidade da juventude de hoje, que serão os comandantes da sociedade nos dias vindouros, devoram diariamente e inteiramente os jornais impressos, ou assistem por completo 2 ou 3 telejornais?

E quanto desses jovens (inclua a gente aí também, por que não?) você acredita que acessa as notícias em portais da Internet?

O grande desafio das empresas de comunicação será migrar a receita proveniente de seus anunciantes para a Internet. Os custos serão menores, claro, mas ainda há resistência das grandes empresas em aderir à publicidade eletrônica. Isso deve mudar, pois para os produtos das grandes empresas, o público alvo é a grande massa. E a grande massa cada vez mais se aproxima do mundo virtual.

Tudo se adapta. Quem não se adaptar o mais rápido possível, corre o risco de se tornar escasso comercialmente. Ou você acha que o número de despachantes tem duplicado ano a ano? Dos fabricantes de BIPs? De máquinas de escrever? Vendedores de enciclopédias? Das reveladoras de foto em papel?

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