quinta-feira, 13 de setembro de 2007

As diferenças de um país que um dia chamaram de "País do Futuro"

Enquanto muitos celebram a "inocência" de Renan em Brasília, pela TV vejo um brasileiro pobre morrer do coração num hospital público. É o Big Brother da morte. Taí uma idéia boa. Em vez dessa merda de reality shows que as TVs põe no ar e que nossa grande população adora, poderiam transmitir um Big Brother Miséria. Colocar câmaras 24 horas transmitindo a realidade de hospitais públicos, escolas públicas, cracolândias, em trens e metrôs. Isso sim é o verdadeiro show da realidade.

Há muitos anos não voto em ninguém. Às vezes me questiono essa ideologia política. Se todo mundo resolver votar em ninguém, os comandantes da nação serão escolhidos por eles mesmos. Mas continuo acreditando que ninguém em que eu voto vai resolver nada. Acho que senadores, deputados não deveriam ter outra atividade profissional ou comercial. Não poderiam ser empresários. Deveriam trabalhar 8 horas por dia e ganhar salário por produção, que significa criar projetos de lei com ações concretas para os problemas sociais.

Camapanhas como essa última "Cansei!" são mais eficazes pra encher páginas de jornais e portais da Net. O que o "Cansei!" vai mudar no congresso?

Virou moda a decepção com a política do Brasil. Desde criança o cidadão aprende a não confiar em políticos, polícia, empresários, orgão públicos. Crescemos com essa estigma. Para que acreditemos em alguma instituição temos que ter provas de que ela funcione em prol de nossa vida social. É o responsável são as próprias instituições. E isso não vai mudar. Talvez se os acusados do mensalão forem condenados, essa imagem possa começar a mudar. Só que alguém aí acredita que isso vá acontecer?

3 comentários:

Proletária das Letras disse...

Olá Júlio!!
Valeu pela passada em meu blog!
Dei um conferida no seu blog e achei bem interessante suas pontuações! Mas, no que se refere ao teu último post, posso te dizer q eu ainda voto, exatamente acreditar que a minha abstenção seria conseqüentemente pior... as regras que permeiam a política brasileira são tão sórdidas, que a gente até perde a fé que algo irá mudar...

o marketing político é tão agressivo e manipulador, que até aqueles que possuem um senso um pouco mais crítico, acabam se deixando levar pelas promessas forjadas dos candidatos...

te indico a assistir um documentário chamado “Entreatos”, de autoria de João Moreira Salles, que mostra os bastidores da campanha de Lulla, com imagens exclusivas e diálogo estratégico dos assessores para manipular o debate presidencial...

te juro, eu q trampo numa agência de comunicação, vejo coisas podres por trás dos bastidores, mas espero q um dia a sociedade mude! Afinal, a revolução é individual...

grande abraço,

Raquel

Unknown disse...

Ah Júlio. Realmente me senti indignada com essa situação. Como podemos permitir tudo isso? Como?
Estou intrigada com um detalhe: a lista.
Precisamos desta lista, né?
Aiaiai...

Anônimo disse...

necessario verificar:)